terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cinco minutos com Deus! Uma farsa!!!


O título desta postagem poderia ser Testemunho, por combinar também com o relato de um episódio que sucedeu comigo no final da manhã de hoje. A minha escolha, pelo título acima, justifica-se pelo que fato de que realmente senti a presença de Deus naqueles minutos que durou o fato a contar abaixo.
Eu estava dirigindo o carro em direção à casa dos meus pais, passava das 11:30 horas, ia para o almoço como tenho feito com certa frequência. Não sentia o calor do sol por estar protegido pela refrigeração do carro, mas sabia que estava muito quente lá fora. Trafegava pela BR 230, hoje quase uma avenida, no sentido praia/centro, quando visualizei uma mulher carregando uma criança encoberta por um pano - protegia a criança da maneira que podia. Passei por elas e notei que algo não estava bem, alguma coisa parecia que tinha de ser feito ali... mas, prossegui no meu trajeto! A imagem passou para os retrovisores do carro... algo estava errado, continuei pensando... como estávamos próximo (não muito perto para quem ia a pé) de um hospital de emergência, imaginei que aquela criança podia estar sendo levada para lá! No instante seguinte eu já estava pegando o acesso paralelo a rodovia, fazendo o percurso costumeiro, seguindo o meu destino.
Mas, uma força, uma energia muito forte, tomou posse dos meus pensamentos... eu deveria ter parado, pensei... e ainda percorri duas a três quadras antes de parar o carro e retroceder. Sim, fui levado ao ponto da rodovia (pela mesma via local) onde haveria de encontrar aquela mulher e a criança. E foi exatamente ali que ocorreu o primeiro contato com Deus! Quando aquela mulher, aquela mãe desesperada, viu que eu estava pronto para o seu acolhimento. Vi o choro incontido naquele rosto cansado, sofrido. Ouvi logo os seus agradecimentos a Deus  pela minha presença ali. Assim a fiz entrar no carro, juntamente com a menina que carregava nos braços.
Uma onda de emoção tomou conta de mim, contive a mesma para poder ter o controle da situação e perguntando o seu destino percebi que não era um caso para atendimento hospitalar, mas de amparo, de socorro para possibilitar a ela sair de uma situação que estava sendo angustiante. Sempre agradecendo a Deus, iniciou dizendo que eu estava livrando-a de cometer uma besteira, segundo ela, eu era o livramento!
Para melhor situar-me questionei de onde ela estava vindo e a resposta dava a certeza de que tratava-se de uma pessoa sofredora, de uma pessoa ferida e que buscava auxílio. Não duvidei das palavras daquela mãe, sabia que eu estava sendo usado para atendê-la, para socorrê-la... era a resposta que ela tanto pedia a Jesus Cristo. Ela respondeu que vinha do Manaíra (um dos bairros nobres da cidade), tinha ido a procura de uma irmã (empregada doméstica), mas não tinha conseguido êxito... foi em busca de dinheiro para pagar o aluguel (R$ 15,00 por semana - devia já duas semana e estava sendo ameaçada de despejo pela proprietária do quarto) e, claro, para comprar algo para comer. Voltava para casa, de mãos vazias, a pé e a percorrer ainda cerca de 5 km até chegar em sua casa, localizada numa comunidade (São Rafael) às margens da rodovia. Como se fosse o seu anjo da guarda, fiz o que pude naquele momento. Diminui os seus passos, e sem que a mesma me solicitasse, acho que ela tinha certeza de que fora atendida nas suas orações (que vinha fazendo enquanto vagava na rodovia) e que não precisaria externar nenhum tipo de pedido a mais, depositei sobre as suas mãos uma certa quantia em dinheiro... uma simples ajuda que estava sendo possível fazer naquele momento, notei que ela olhava aquelas notas parecendo não acreditar no que estava vendo... E logo voltou aos agradecimentos a Deus! Prometeu que quando chegasse em casa iria ficar de joelhos para agradecer a Deus.
Na verdade, estávamos sendo ajudados mutuamente. Ali estava sendo dada a certeza de que Deus existe e de que muitas vezes podemos ser seus meros instrumentos, em outras os seus benficiários! Ele nos aparece de várias formas, basta sabermos olhar em nossa volta.
Para completar, perguntei o nome e a idade da menina, três anos, inocente, sorriso no rosto, apesar de um pouco triste... e quando ouvi o nome dela, me calei: Vitória! É o nome daquela criança, Vitória - o mesmo nome da minha netinha. E então, Deus existe?!

Infelizmente tudo isso não passou de uma farsa, explicada no post datado de 27/01/2010, sob o título "Que Vergonha!!!" Leia e entenderá.

2 comentários:

Antonia Gabriele disse...

Simplesmente perfeitoooo!!! Não sei explicar, mas encontro em vc, nas suas palavras, uma conforto tão grande! Sinto forte a presença do Espirito Santoo de Deus... Algo único, diferente... Visitei teu blog ontem, e ele já me faz tão bem...

Antonia Gabriele

Edson Leite disse...

Oi Gabriele, nós estamos sempre refletindo o nosso interior... esse conforto que vc encontra nas minhas palavras vem de dentro de vc... pela sua sensibilidade, pela sua generosidade e carinho para com as pessoas. Obrigado,