sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Santo de casa...

Um telejornal com cobertura nacional parece alimentar-se de tragédias e dramas das suas vítimas. Ontem o seu tempo foi ocupado com quase 70% para falar do terremoto e suas consequências no Haiti, das vinte e três principais notícias divulgadas, 16 foram sobre aquele país, 02 versaram sobre economia, uma sobre esporte, política e o tempo.
Até antes de ocorrer a tragédia com o povo haitiano, o assunto era as enchentes na região sul e sudeste do Brasil. Como sanguessuga vão mudando o foco das suas lentes à cata de notícias tenebrosas, explorando-as até quando outro fato de maior proporção ocorrer no mundo. É justo e democrático o espaço que a imprensa ocupa nas televisões do mundo, em particular aqui no Brasil, o que precisa é aplicar a dose certa. Dizem que remédio em dose errada é veneno! Assim é acontece com os nossos noticiários, em qualquer rede de televisão, em qualquer canal televisivo e por tabela em todas as demais formas utilizadas pela mídia.
É bom sabermos do que acontece em nossa volta, mas com variedades, sem repetições dos fatos, sem buscar o sensasionlismo das manchetes emotivas, sem o choque de tantas imagens de desespero e de dor. Que mostre as tragédias do jeito que ocorreu, mas mostre também a beleza do por-do-sol, mostre a inocência de uma criança num parque de diversões, assim saberemos que a vida continua mundo afora, pois é a verdade, a vida não pára!

AJUDA BRASILEIRA AO HAITI

Fico constrangido ter que comentar este tópico, mas é que causa-me surpresa tamanha "bondade" do governo brasileiro em detrimento das necessidades atuais de muitos dos nossos patrícios. Está na mídia que o governo brasileiro contribuiu com 15 milhões de dólares para a reconstrução do Haiti. Esta cifra representa mais que a soma das doações feitas por países mais ricos, como: como Espanha (US$ 4,37 milhões), Alemanha (US$ 2,3 milhões), Holanda (US$ 2,9 milhões), Itália (US$ 1,5 milhões), Dinamarca (US$ 2 milhões) e Suécia (US$ 1 milhão). A China anunciou que vai mandar US$ 1 milhão. A Grã-Bretanha mandará US$ 10 milhões e a Austrália, US$ 9 milhões.
O que o Brasil quer provar ao resto do mundo? Ou será somente um blefe para atrair mais donativos dos outros países? Se assim for, está certo! Somos um país continental. com mais de cinco mil e quinhentos municípios, alguns deles padecendo na seca do verão e outros sofrendo grandes perdas com as enchentes ocorridas desde a virada do ano (e que já não são mais notícias) e em comum a dor e a falta de recursos para a reconstrução das suas casas, para adquirir os bens essenciais que foram perdidos, como geladeira, fogão, cama, etc.  Seria o mínimo que o governo poderia está fazendo pela sua gente para amenizar os prejuízos materiais, já que não estamos falando da dor da perda dos parentes e amigos.
E vemos uma cifra enorme sendo doada assim, como se fôssemos um dos países mais ricos e abonados do mundo. O povo haitiano merece toda ajuda humanitária, mas a responsabilidade não pode ser abarcada por um único país, principalmente como o nosso que tem inúmeras necessidades a serem satisfeitas e que requer recursos financeiros. Não posso louvar a atitude do governo brasileiro neste episódio.
A política externa e a solidariedade entre os povos deve sempre existir, mas é preciso bom senso nessas horas. Procurar atender aqueles que ncessitam internamente, afinal, somos os "produtores" dessa riqueza que o governo acha que detém e controla. Na verdade, o Brasil tem ainda um cobertor curto, quando cobre a cabeça descobre os pés e vice-versa! Ou estou enganado? Fique com Deus!

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