Faço então alguns questionamentos: Qual é um corpo ideal? Por que tanta gente busca sempre ter as medidas e peso diferente do que tem atualmente? As respostas dependem de cada um e respeito todas elas. Porém, não posso deixar de alertar para o fato de que muitas vezes esta busca, esta vontade, pode ocasionar disfunções no organismo com sérias consequências à qualidade da saúde. Mesmo com acompanhamento médico, a ingestão de medicamentos, pode levar a quadros clínicos indesejados e até irreversíveis. Isso é preocupante.
Lembro das palavras da médica que atualmente acompanha a modelo Juliana, quando se referia as causas da queda do cabelo, segundo ela, o organismo - na falta de nutrientes - entende que deve racionar hormônios ou outras substâncias vitais na mantenção do metabolismo do corpo e reage de diversas formas, chamadas de danos colaterais, nem sempre presumidos nas bulas medicamentosas. Muitas dessas reações podem levar a pessoa a óbito mesmo. É lamentável ver que os diversos exemplos não estão contendo este impulso da juventude.
Particularmente, sempre fui magro, esquelético, isso nunca me incomodou ao contrário do que acontece a muitos rapazes que além de malhar bastante usam produtos químicos para avolumar os músculos. Uns querendo aumentar a massa, outros querendo diminuir. Todos estão expostos ao mesmo risco. Este desejo exarcebado é inconsciente, o que torna mais difícil ouvir e seguir qualquer orientação de alguém que percebe que estar indo para um situação de descontrole. Diante da notícia que recebi, peço a Deus que tenha exageros no relato e que nada disso esteja acontecendo. Tenho medo de pensar, não conseguiria encarar tal situação. Uma coisa é sentir qualquer dor na própria carne, outra é projetar para si a dor sentida por uma pessoa que amamos. Suportamos facilmente a primeira, por ser real e concreta, a segunda dói mais por estar enraigada na nossa essência. Meu Deus, livrai-nos de todo mal. Amém.
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