quinta-feira, 1 de julho de 2010

A cadela da minha mulher!

Pra onde vai a cadela da minha mulher? Muitos ex-maridos podem estar fazendo esta pergunta no momento da separação. Bem como tem mulher se perguntando: e o cachorro do meu marido, vai pra onde agora? Essas perguntas parecem mais xigamentos mútuos, não é mesmo? Na verdade não se trata de nenhum litigio, nem são ofensivas a ninguém.
São de fatos questionamentos que podem ser feitos diante da separação conjugal e caso não haja uma única resposta ou na falta de consenso entre as partes, caberá ao juiz determinar a guarda do cachorro, gato, papagaio ou qualquer que seja o bicho de estimação até então pertencente ao casal, caso venha a ser aprovado um projeto de lei que tramita no congresso nacional que tratará da guarda desses animais.
Para mim, um verdadeiro absurdo saber que assunto tão sem importância consuma o tempo tão valioso dos nossos parlamentares. Isso mesmo, em pleno século vinte e um, deputados e senadores ainda estão discutindo qual é o sexo dos anjos. Em nada acrescentará, a título de benefício social, a aprovação de tal lei. Ao contrário, acarretará uma demanda até então inexistente, contribuirá para retardar o julgamento de polêmicas mais sérias a medida que ocupará o tempo de todos os envolvidos no tribunais judiciários para decidir com quem ficará o Bidu ou a Biduca.
Segundo o Presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares, "não há necessidade, nem interesse da sociedade brasileira nem demanda dessa natureza, o que o país estar precisando é uma reforma política, de uma reforma tributária e de causas de maior interesse da sociedade." Concluiu afirmando que "consultando vários juizes da vara da família, nos últimos dez anos somente uma causa dessa natureza chegou às mãos da juíza..." Trechos entre aspas extraídos de entrevista concedida a um jornal televisivo em cadeia nacional e ao vivo.
Imagine discutir no tribunal acerca da guarda compartilhada, gastos com ração, pet shop e outros dispêndios financeiros próprios dos mais abastados da sociedade. Ou pobre manda dar banho e tosar os pêlos do seu vira-lata? Manda tingir os pêlos do Totó? Claro que não, pois têm outras prioridades na vida. E na hora da separação, o cachorro ou gato fica com quem quiser ficar com eles. Não precisa de lei alguma para definir o seu destino. Tenho dito, fique com Deus!

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