domingo, 18 de julho de 2010

Adeus Tireóide

Estou no segundo dia pós-operatório da retirada da minha tireóide. Não fosse pelo curativo que mais parece uma gravata borboleta, nada me faz lembrar que passei por mais este ato invasivo (e extrativo). Nenhum sintoma que me faça lembrar que um dia eu tinha esta glândula e a recuperação tem sido muito boa mesmo. 
Achei legal ter passado menos de 16 horas internado, realmente um tempo muito curto e sinal de que é um procedimento quase que de rotina. Faço questão de postar este relato para tranquilizar aquelas pessoas que estão em busca de informações de quem tenha passado por esta experiência na vida. Experiência única na vida! Afinal só temos uma tireóide, dividida em dois nóbulos e quando se retira essas duas partes, não sobra nada mais, não é mesmo?! 
Gosto de pensar que estou vivenciando coisas únicas na minha vida, adquirindo novas experiências e por isso mesmo estão sendo partilhadas aqui com aqueles que se interessam, de alguma forma, com o assunto. São relatos abertos, muitas vezes ricos em detalhes para quebrar qualquer sentimento de temor ou de receio que normalmente tenta se apoderar da gente no momento que ficamos envolvidos.
Já na próxima sexta-feira, estarei despindo a gravata branca quando então retirarei os pontos. Ah, estou me alimentando naturalmente... não esguichou nenhuma gota pelo pescoço quando bebi o primeiro copo dágua, acho que os pontos foram dados bem pertinhos. (Risos) 
Estou liberado para dirigir, ao contrário da última cirurgia que me forçou a guardar passar um período de sessenta dias. A única restrição, segundo o cirurgião, é ter cuidado ao ter que olhar para cima. Evitar esticar o pescoço em movimentos bruscos. Assim foi o meu domingo, na tranquilidade e no sossego. Assim desejo que seja a semana para todos nós, com a graça de Deus. Tenho dito, fique com Deus.

3 comentários:

Unknown disse...

Oi Edson! Prazer enorme te encontrar por aqui. Vias indiretas e me deparo com a história da tireóide! Também vivo o drama com as famosas "Borboletas da vida"! No meu caso não produzem mais os hormônios e me peguei inflada com retenção de líquidos e devagar feita uma tartaruga... Fiz exames para diagnóstico e quando dos exames do T3 e T4 que são os hormônios produzidos pela glândula tireoidiana, batata! Estava parada! Que bom que você está bem e vai ser melhor agora, você vai ver! Também faço reposição hormonal e até sinto que rejuvenesci! ( Positivismo exacerbado! rs) Beijinhos e te cuidaaaa! adorei teu cantinho!


Ana Maria Gazzaneo

Unknown disse...

Fico cada vez mais encantada, quando passo por aqui, realmente, as pessoas "nós", corremos atras de tantas coisas, que no momento são importantes para nós, de repente, tudo se torna mais claro, percebemos que dá para viver com o essencial.
O essencial é tão pouco, tão restrito, e nossa vida se torna maior ainda, em profundidade e intensidade.

Descobrimos, como viver e conviver, com as "interferências" na rotina.
Estamos todos felizes por você.

Um grande abraço.

Edson Leite disse...

Falando a Ana... o prazer é nosso de ter você por aqui, lendo e vivendo as minhas experiências. Espero que estejam estabilizadas as suas taxas hormonais.
Mãe Coragem, a sua percepção de poder existirmos apenas com o essencial me faz lembrar do Exupery, na sua obra O Pequeno Príncipe: "o essencial é invisível aos olhos..." É isso, estou tendo a prova de que até mesmo o nosso organismo pode funcionar sem que esteja "completo de todo", é como se a ausência de determinadas, literalmente, fosse ignorada. Cada um tem o seu papel, mas as faltas são "cobertas" pelos que ficam - isso é o que se chama solidariedade. Bem que poderia ser copiada no dia a dia de muita gente.
Um abraço para todos! Que a paz esteja no nosso coração, sempre!