segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reações da quimioterapia

Estou de passagem para por em dia as notícias dessa segunda fase da quimioterapia a que estou sendo submetido. Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, premissa válida para tudo nesta vida. Outra coisa que também é uma assertiva verdadeira é dizer que nem sempre a segunda vez é igual a primeira. A repetição da pizza não garante o mesmo sabor da primeira. Só sabemos das coisas quando passamos por ela, muitas vezes não adianta relatos. Claro que tem coisitas, que nem imaginamos existir até que estejamos vivenciando-as. E a quimioterapia é uma dessas. 

Gente, estou na repetição do processo, como já relatei anteriormente, e posso garantir que não tem sido nada igual. Não sei se está sendo pior ou mais amena. Sei que estou reagindo de forma dferente, apesar de ter dado entrado entrada no hospital na tarde de ontem (como de outras vezes, há dois anos) e de ter ficado na clínica boa parte da manhã de hoje (também como de outras vezes, há dois anos). Enjoos, tontura, ânsias de vômito, tem marcado essa segunda fase de quimioterápicos.

O tratamento em si foi alterado na dosagem da medicação que estou tomando em casa. Antes fora quatro cápsulas de Xeloda, sendo duas pela manhã e duas à noite. Hoje, são seis cápsulas, sendo três pela manhã e três à noite. No fundo eu estava preparado para estas reações. Trabalhei normalmente nos dois dias seguintes ao reinicio, quinta e sexta-feira da semana passada e para sorte minha, anteciparam o feriado do Dia do Servidor para a data de hoje. Amanhã, se Deus permitir retornarei ao trabalho. Gosto do que faço e somente uma forte indisposição me impedirá de comparecer à repartição. Não que eu seja insubstituível, longe de mim pensar assim, porém, fazendo o que gosto (trabalhar) até ajuda a esquecer, sem perder de vista a necessidade de tomar os cuidados com a minha saúde.  

Não havia postado nesses dias todos devido as intercorrências agora relatadas. Espero que esse meu regresso seja mais perene daqui pra frente. É muito ruim ficar sem ânimos, sem vontade de falar, de comer e de agir. Assim como estava ontem, como amanheci ontem e que perdurou ao longo dessas últimas horas. Mesmo elevando o pensamento, muitas vezes parece ser intransponível e duradoura essa terrível sensação de "não quero isso"! E quem quer?! Será que isso se parece com depressão? Se for, vou confessar que é mesmo muito chato estar depressivo. Bom, xou fantasmas, que venham os bons ares para reconfortar o espírito e a vontade de contnuar vivendo. Tenho dito, fé e esperança sempre e com Deus no coração. Amém.  

4 comentários:

Anônimo disse...

Edson ,continue a escrever você é nossa esperança sei que nâo é facil mas DEUS VAI TE ABENÇAR .ABRAÇOS



WILMA

Edson Leite disse...

Obrigado Wilma, atendendo ao seu pedido fiz uma postagem na noite de hoje. Obrigado pela força, realmente não tem sido fácil encarar tudo novamente, ainda mais com o conhecimento que temos acerca da realidade das possibilidades. O jeito mesmo é encarar e continuar agradecendo por mais esta oportunidade que estar me sendo dada pelos Anjos de Deus.
Quando as forças me faltarem, ainda assim estarei com pensamento voltado a Ele e agradecendo por tudo na minha vida. Amém.

Unknown disse...

Querido irmão Edson. Sinto-me fortalecido com sua fortaleza. As vicissitudes a que somos submetidos nesse plano físico, na verdade, nos proporciona o despertar da força interior. Funciona como uma ponte que nos conduz à Luz que transcende a matéria. Pode parecer um paradoxo, mas quando parecemos fracos é que somos verdadeiramente "fortes".
Você é um exemplo vivo de perseverança. Nós te amamos. Seu irmão, Luiz Correia. Abraços fraternos.

Edson Leite disse...

Obrigado meu irmão. Na verdade não sou esta fortaleza toda que pode parecer, digamos que estou sabendo lidar com a situação sem desespero e sem agonia. O que sinto, as reações do organismo - que acabam refletindo no psique - estão sendo suportáveis, afinal, Deus dar o frio conforme o cobertor (ou será o contrário?). Não importa, o que interessa é só carregamos o peso que podemos levantar.
Sei e acredito que tudo tem a sua hora, nada acontece por acaso. E somente no momento certo deixaremos o plano terreno para atingirmos outras plenitudes que sempre permanecerão desconhecidas para os que aqui ficam.
Gosto da vida, mas não temo a morte, por acreditar que não será o fim de nada. Mas, o recomeço e quiçá desfrute de longa vida.
Por enquanto, me resta repetir uma frase poética e positiva: "Que seja eterno enquanto dure!". Amém.
Ah, também o amo, meu irmão.