terça-feira, 20 de abril de 2010

Eu

Resisti muito durante o dia... não queria escrever nada hoje, mas não deu para continuar na resistência e cá estou a escrever algumas linhas sobre Eu - este é o título da postagem. Não estou me referindo a minha pessoa e sim a única obra do Augusto dos Anjos, poeta escritor paraibano que apesar de ter vivido pouco tempo, apenas 30 anos, ter deixado apenas um livro impresso e ter nascido numa cidadezinha do interior da Paraíba é prova viva de que o importante na vida é a qualidade!
Se vivo estivesse ele, Augusto dos Anjos, o Paraibano do Século, estaria completando no dia de hoje a idade de 126 anos! Como sabemos, teve poucos anos de vida e há mesmo desencarnado há quase noventa anos continua presente dentro e fora da literatura brasileira. Para escrever os seus versos escolheu a sombra do velho tamarindo, que segundo alguns dos seus versos foi também ponto de refúgio do seu pai. Hoje a midia paraibana dedicou espaço nos seus telejornais e pude constatar que o velho pé de tamarindo continua firme e forte, como se o tempo não passasse por ali.
Acredito que não exista outra obra literária no mundo, em cujo bojo destaque algo ou que tenha feito alusão a algo vivo que ainda continua imponente como é o caso de Eu. O pé de tamarindo foi testemunha ocular e o brilho das suas folhas refletem a importância que teve no curso da história desse paraibano simples, hoje reconhecido como sendo um grande homem. Estou orgulhoso pelo seu feito, se não pudemos conviver com ele ao menos podemos usufruir da mesma sombra que um dia regava a inspiração poética e crítica. Se vivo estivesse, estaríamos cantando Parabéns pra Você (pra ele, Augusto dos Anjos)! Que os anjos tragam outros augustos para abrilhantar com as suas palavras os nossos corações. E você, que tem acompanhado essa minha façanha de tentar escrever as minhas impressões, idéias e/ou meros comentários, digo: fique com Deus!    
PS.: A imagem é de um pé de tamarindo qualquer, não o que estar na cidade de Sapé-PB, berço do nosso poeta. É para aqueles que não sabem como é este fruto títpico da região nordeste.

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