quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mil picadas!

Hoje fui picado mais uma vez, acho que foi a miléssima vez desde a primeira cirurgia. Quando internado furavam os meus dedos a cada hora, já não tinha mais dedo para ser furado depois de um dia inteiro de picadas. Pedia emprestado a quem estava comigo ou escondia as mãos para a enfermeira desistir. Não tinha jeito e lá vinha mais uma picada. Quase virei tábua de pirulitos!
Depois foram as diversas idas para colher sangue nos laboratórios. E hoje, mais uma vez, senti a pontada da agulha na veia (não é a mulher do véio) é aquele canal por onde circula o sangue. Acreditam que nunca tive coragem de olhar para o meu sangue, nem sei se é mesmo vermelho ou se é azul. Prefiro olhar para os lados, tenho medo da agulha, ela me parece bem maior do que é na realidade e imaginar a abertura de um túnel no meio do braço me traz pânico.

Amanhã, mais uma picada (espero que seja uma só mesmo) e em seguida ficarei preso ao soro e a medicação quimioterápica. Dessa já não tenho medo, receio apenas as suas reações. Momentos críticos que precisam ser superados. E vou enfrentando com a graça de Deus!

DEPOIMENTO

No laboratório a atendente que retirava o meu sangue me falou de um parente dela que já realizou treze cirurgias para tratar de tumores no fígado. A úlitma delas há mais de 11 anos! Um depoimento deveras interessante, dá-nos conta da obra de Deus atuando sobre esta pessoa, ao mesmo tempo que nos fortalece ao saber que é possível uma sobrevida tão longa assim para esta doença tão agressiva. Ela não sabia que eu o meu caso também é tumor no fígado.

Fiquem com Deus!

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