sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O câncer

O câncer é a segunda maior causa de morte, segundo os dados das organizações de saúde. É um fato concreto e todos os esforços tem sido efetivados no sentido de minimizar esses números macabros relacionados ao mal do século (de qual século?). Vários são as suas formas de manisfestações, a começar pelo nosso maior órgão: a pele, sendo, talvez, o menos agressivo.
Os carcinomas são "vencidos" quanto mais cedo eles forem detectados, essa é uma premissa médica para incentivar as pessoas a fazerem exames preventivos e periódicos. Seria muito bom se esse mal só viesse a se manifestar depois dos 120 anos de vida... e poderia ser detectado, se fosse o caso, aos 119 anos e alguns meses, quando então teríamos tempo para o enfrentamento. Infelizmente isso não tem sido possível e nos deparamos com casos de câncer em pessoas nas mais mais variadas idades, até mesmo bebês podem desenvolver esse processo cruel que consome a carne (e o espírito de alguns), além de causar efeito nas pessoas que cercam aqueles que estão "marcados". Estar marcado é real, porém não significa dizer "condenado a morte". Não é isso ou pelo menos a maioria já pensa assim e acredita na cura.
Acreditar na cura, ter esperança, pensamentos positivos, tudo isso contribui de forma potencial para um bom resultado. Todavia, mesmo com muita garra, muita perseverança, precocidade do diagnóstico e todos os meios disponíveis para lograr "êxito" no tratamento muitos guerreiros tombam nessa jornada. Tombam para elevar-se, para ficar mais perto de Deus, deixando a sua lição de vida bem feita e a tarefa cumprida.
Foi assim com o nosso amigo Gustavo, um jovem rapaz a quem não tive o prazer de conhecer pessoalmente, mas acompanhei nesses dois últimos anos - tempo que ganhei a marca do carcinoma - vários de seus momentos de luta e determinação no enfrentamento com coragem. A notícia da sua partida me foi dada pela sua mãe, Waleska, minha amiga de longas datas. Uma amizade que ficou calada por muitos anos e que reapareceu na dor causada pelo câncer, pelo câncer que me consumia e ao seu filho Gustavo.
Estive no velório e quando perguntado pela Waleska se eu estava bem, faltou-me palavras para responder-lhe que sim. A emoção que senti, quase travou aquela afirmativa. O meu sentimento de solidariedade dizia que eu não podia estar "bem". Isso foi na quarta-feira, dia 01. Passei esses dois dias adiando esse registro, não sabia o que escrever, como escrever. Uma coisa precisa ser dita, valeu Gustavo, a sua luta representa a luta de muitas outras pessoas. Os seus momentos traduzidos no seu blog (o qual acompanhava, com link deste) ficarão como lição de vida. Fique com Deus! 

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Edson... Adorei conhecer o seu blog, é muito bom ver pessoas que passam por essa experiência diariamente e são vencedoras... Que Deus te abençõe e te dê muitas vitórias... Um abraço... Regiane