segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Centro de Valorização da Vida

Há muito tempo alimento a vontade de ser parte atuante do CVV - Centro de Valorização da Vida, mas sempre adiava essa aproximação  por uma coisa ou outra ou mesmo falta de oportunidade para concretizar esta pretensão. Pois bem, ontem participei da primeira etapa do processo de seleção para atuar no CVV de João Pessoa, hoje na condição de Posto Samaritano por não estar atuando nas 24 horas do dia pela falta de pessoas. Após esta seleção espera-se que seja retomada a condição anterior, quando atuava nos três turnos ininterruptamente.

Como funciona o CVV, para que serve e como as pessoas podem acessar a este serviço? De forma simplificada, até porque podemos obter mais informações dando uma pesquisada no google, posso dizer que é um trabalho de voluntários qualificados, compromissados com a valorização da vida do ser humano, com atendimentos presenciais (Av. Rui Barbosa, no antigo Lactário da Torre) ou pelo telefone 3224-4111. Estes atendimentos preservam a identidade daqueles que procuram o Centro e toda a conversa é mantida em sigilo absoluto, não havendo nenhuma forma de registro, nenhum formulário é preenchido, nenhum dado é solicitado daquela pessoa que busca atendimento, anonimato total.

O CVV é a única instituição no Brasil que trabalha na prevenção e combate ao suicídio, reconhecida pelo Ministério da Saúde como sendo um serviço de utilidade pública. É uma instituição madura, 43 anos de existência no pais, formada exclusivamente por pessoas voluntárias que doam seu tempo e a vontade de ajudar a outras pessoas que estejam em momentos de fragilidade, de solidão e com pensamentos suicidas. Combater o suicidio é o seu maior objetivo. Entretanto, muitas vezes atendem pessoas que querem apenas ser ouvidas naquele momento. Os voluntários se revezam em plantões de cinco horas a cada dia da semana, de modo que toda hora tenha sempre alguém para prestar atendimento.

Para ser um voluntário é mister que seja maior de idade e tenha disponibilidade de tempo, com disposição para fazer o acolhimento com todo o respeito que a pessoa merece. O voluntário não dar conselhos, ele escuta a pessoa e procura valorizá-la, fazendo com que essa pessoa faça o reordenamento dos seus pensamentos - que estavam confusos, em muitos casos,  até o momento da ligação ou do atendimento presencial. Ligar para o CVV é uma decisão pessoal e de momento, não há agendamento, nem consultas programadas, não é terapia. Por isso para ser um voluntário do CVV não é exigido nenhum diploma, tampouco o de psicólogo. Como disse, a pessoa, por um motivo qualquer acha que estar sozinha, sente-se na solidão, lembra do CVV e resolve, então, fazer uma ligação para falar com alguém. Essa pessoa terá a certeza de que será ouvida, acolhida, respeitada e poderá decidir o que vai fazer da vida.

Se você ficou interessado no assunto, procure o CVV mais próximo! A maioria deles estar promovendo nesse período o processo de seleção de novos voluntários. Use o seu coração, seja voluntário para a valorização da vida do seu próximo.

Estou tentando, serão mais cinco a oito reuniões, a próxima será na quinta-feira, dia 09, no início da noite na sede da entidade, não sei se farei parte da equipe de telefone. É mais um desafio que estou enfrentando! Fique com Deus.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ola Edson, são pessoas como voce que dão vida ao Programa CVV de apoio Emocional.
Tino - Voluntário CVV-Sp

Anônimo disse...

meus parabéns por mais esta iniciativa, que DEUS SE FAÇA sempre presente e que possas restaurar vidas, conforme a vontade DELE