quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Leucopenia

Quando eu menos espero me vejo diante de um novo termo, de uma nova palavra, desta vez fui apresentado à leucopenia. Tem uma boa sonorização, leucopenia. Por conta dela não fiz a sessão de quimio que estava marcada para ocorrer hoje pela manhã. Puxa vida, quem é essa leucopenia? O que é, o que faz, onde mora?

Claro que, para encontrar as respostas, pedi ajuda ao seu Google. Então, de forma reduzida, eis o que encontrei:

"Leucopenia é uma diminuição na quantidade de leucócitos circulantes no sangue. A principal função dos leucócitos é combater infecções, então a diminuição da sua quantidade na leucopenia pode colocar a pessoa sob risco mais elevado de doenças infecciosas."

No bom português, significa que estou com a imunidade baixa, provocada pela primeira dose da quimio e outra dose, nesse momento, estaria me colocando em situação de risco. Daí a resolução do oncologista de adiar para a próxima semana. Fiquei entre a sensação de alívio, pelo adiamento, e a preocupação de saber que estamos de certa forma quebrando o protocolo estabelecido para esta fase. Ao mesmo tempo que acredito na condução do nosso Senhor neste processo todo. Se foi adiado, Ele permitiu, então é bom para mim! Tenho fé na sua misericórdia.

É isso, entre contente e temeroso estou cá ruminando os pensamentos, desejando que o organismo aumente a produção dos leucócitos ao nível que me permita realizar a segunda sessão sem nenhum risco. Basta ter que suportar as ânsias do período.

TIREÓIDE

A minha tireóide foi relembrada na audiência de conciliação de hoje. Ficou resolvido que eu devo procurar fazer consulta com um endocrinologista para avaliar se a dosagem do Puran T4 que estou tomando está sendo suficiente para manter as coisas na sua perfeita ordem. Veio a tona o fato de que não foi descartado o tão falado tratamento com iodo ou iodoterapia, aquele que ficamos isolados em quarto isolado, tipo coisa do outro mundo. O Dr. Marcos (meu oncologista) disse que não estava esquecido da tireóide (mas eu não tenho ela comigo) e alegou que temos tempo pela frente. Ufa, ainda bem que ele projetou mais "tempo" para frente, isso é deveras muito bom e sei que experimentarei esse iodo e o que mais for preciso. (Acho que é assim que se fala, não?!) Osso duro de roer, carne de pescoço, bicho ruim, sei lá. Uma coisa é certa, não estou resistindo só pela minha vontade, estou tendo a devida permissão para permanecer por aqui. E sou muito grato por tudo isso, sempre. Por isso digo, amém! Fique com Deus.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Corte de cabelo II

Como disse anteriormente, rebaixei a juba no início da semana, quando eles começaram a cair nesta terceira etapa do tratamento. Devido não ter raspado nem mesmo passado a máquina no número um ou zero, o que restou teima em cair. O que me incomoda é vê-los no travesseiro, na pia do banheiro, no ralo e pela casa afora. Não me incomoda a queda dos cabelos em si, tampouco a aparência que denuncia a doença, afinal os olhos (sem sobrancelhas e sem cílios), vamos combinar, ficam com  uma aparência que ninguém merece, não é mesmo?! Naturalmente tudo tem o seu lado prático, hoje, por exemplo, "cortei" o cabelo apenas com um pente na mão. Aliás, um pente que tem história e que será contada na sequência. Passava o pente no couro quase cabeludo e ele deslizava carregado de tufos de cabelos... achei engraçado aquilo e fiquei repetindo a penteada só para ver a chuva de cabelos (gente, fiz isso dentro do banheiro, viu?) caindo aos meus pés. Acho que passei, oito, dez, quinze vezes seguidas... com corpo um pouco reclinado para liberar o caminho e provocar a queda livre daqueles fios que saltavam do pente. O resultado estar visível nas crateras que fcaram pelo couro ex-cabeludo. Como disse, isso não me incomoda. Estou usando boné no trabalho por medida de higiene.

O PENTE

Tenho comigo um pente muito especial. É de cabo, dentes largos, carcomidos e precisando de uma prótese para substituir um dente que falta. Não sei quando caiu esse dente dele, mas creio que é devido a idade avançada dele. Acredite se quiser, mas esse pente tem exatamente 31 anos! Tenho este pente desde julho de 1979 quando viajei à cidade de Santarém-PA. Precisava levar um pente, para depois do banho, visto que não tinha o hábito de carregar nenhum no bolso. A minha mãe tinha dois iguais, peguei um deles "emprestado" e desde aquela data ele tem viajado comigo a todos os lugares. O pente, não tem nome, conheceu Belém, onde esteve por duas vezes, São Luiz, Manaus, Brasília... São Paulo quando fui fazer o PET Scan, enfim, esse desalmado (ou será que tem alma?) tem sido presente no meu passado e no meu tempo atual, espero que ele possa completar outros aniversários dividindo o seu sorriso comigo. Deslizando pelos meus futuros cabelos, cumprindo a sua missão e ajudando a cumprir a minha também. É bom sair com os pelos arrumados e isso ele vinha fazendo muito bem, sem nunca reclamar de nada.

Sentirei a falta dele. Ao deitar-me (acredite-me novamente) tenho o hábito de pentear os cabelos - esse gesto ajuda a vir o sono, é como receber uma massagem, um afeto. Tudo bem, terei que mudar este hábito. Ele ficará ali a postos, esperando pelo retorno de novos fios, a sua razão de existir. Vejam a foto dele, foi tirada para colocar no passaporte ou no livro de record es como sendo o mais velho pente em uso. Uma vida. Que Deus o conserve assim, comigo, por muitos e muitos anos! Amém. 

EM TEMPO

O pente, que não tem nome, depois de fotografado me pareceu muito mais velho do que é na realidade, ficou com uma aparência horripilante, assim, para preservar a sua intimidade e evitar traumas, ainda mais agora nesse período que ele ficará sem ter o que fazer, resolvi não publicar mais a sua imagem. Espero que compreendam. Obrigado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Correntes milagrosas

Todos os dias recebo uma ou duas mensagens contendo correntes com promessas de receber milagre caso seja repassada a dez, vinte, trezentas ou mil pessoas.Não tem nada mais irritante que isso. Supera as mensagens tipo spam. Não que eu não acredite em milagres de Deus, acredito sim. Não acredito é nessas bobagens que circulam aqui na Internet. Para receber um milagre tenho certeza de que não será em troca disso ou daquilo. Não será necessário ter vinte ou apenas uma pessoa a quem reencaminhar esse tipo de mensagem. Venho respondendo às pessoas que me enviam este tipo de mensagem, mesmo assim continuam chegando... Resolvi então fazer esta postagem de apelo, para pedir que não me mandem estas mensagens com tarefa assim ou assada. Elas não somam nada, ao contrário alimentam um sentimento esquisito que beira o remorso e isso não é bom, certo?! 

Adoro receber mensagens PPS, guardo todas que recebo. Tenho um arcervo com mais de mil mensagens, de todos os tipos, engraçadas, melancólicas, mensagens que nos induzem a reflexão e que nos trazem ensinamentos. Diferentemente dessas correntes que parecem querer advinhar... "ao término da mensagem o seu telefone irá tocar com uma boa notícia". Que é isso? Essa mensagem é dirigida a quem tem telefone fixo em casa, no meu caso, que só uso celular, ele  pode até  tocar a qualquer momento (desde que esteja ligado), como fica o milagre então??? Enfim, as minhas orações e das pessoas que oram por mim,  me bastam, por favor, não me mandem mais essas mensagens pretensiosas. Ou melhor, pergunte aos seus amigos se eles querem continuar recebendo essas mensagens e faça o redirecionamento para quem gosta. Combinado?

CORTE DE CABELO

Mudando de conversa, quero dizer que mudei de visual. Para evitar o desconforto de ver cabelos espalhados por toda a casa e por medida de higiene mesmo, decidi por cortar a cabeleira bem raspeira, tipo grama de campo de futebol. Estou parecendo o Alan Delonge. Irei a um churrasco neste final de semana e só espero que não me peçam as orelhas emprestadas para abanar o fogo. A barba também foi reduzida, por enquanto deixei no entorno do queixo, bem rasteira. Mas não será por muito tempo, ficarei de cara lambida mesmo.

SEGUNDA SESSÃO DE QUIMIO

Será nesta quinta-feira, dia 11. Relembrando o calendário, depois da medicação via endovenosa, aplicada na clínica, são quatorze dias tomando a medicação via oral (seis comprimidos diariamente), depois disso tenho sete dias sem nenhuma medicação, apenas para curtir o restante dos efeitos. Ai, quando o organismo estar um pouco recuperado vem a segunda fase, e assim sucessivamente. Três sessões formam o que se chama de ciclo, foi este o protocolo escolhido pelo meu oncologista.

Em combinação, o médico cirurgião solicitará uma ressonância a ser realizada ao término desse primeiro ciclo para avaliar o progresso do tratamento e quiçár realizar a ablação por radiofrequência. Isso deverá ocorrer nas primeiras semanas de dezembro. Estou confiante em Deus, pedindo a Ele que permita ao meu organismo reagir e expulsar de uma vez essas células malignas que se alojaram. Elas não me pertencem, não pertecem a ninguém, ninguém merece vivenciar essas situações. 

São estas as minhas palavras de hoje, peço desculpas pelo desabafo inicial. Continuo firme no propósito de continuar na marcha em defesa da vida. Amém.   

domingo, 7 de novembro de 2010

Esperança

Dizem que devemos escrever um livro, plantar uma árvore e ter filhos, não necessariamente nesta ordem. Posso dizer que cumpri essa tarefa, tenho duas belas filhas - uma delas frutificou, dando-me uma neta; a árvore foi plantada (creio que mais de uma mesmo) e o livro foi escrito no início da década de 80. Na verdade foi uma coletânea de poesias que eu havia derramado sobre o papel numa época em que me achava saudoso, melancólico, desiludido, contrariado, porém, esperançoso no recomeço. E foi justamente uma dessas poesias, escolhida pelo seu título, que resolvi postar aqui hoje, para dizer que a palavra esperança sempre me acompanhou, sempre me guiou, sempre me deu forças para continuar na luta. 

Não é nenhuma obra de arte, talvez seja até piegas demais, mas ouso publicar aqui agora, afinal não estou levando a julgamento nada, apenas resgato um pouco do passado que ficou para trás. 

Esperança
Sentimento que molha a alma
Transborda pelo coração feliz
Irradia somente a alegria
Esperança, esperar algo de bom
Vê tudo mais bonito
Até pássaro verde cantando
Uma canção de amor eterno
Ah! Quem espera sempre alcança
Nunca tarde, muitas vezes
A ânsia pode chegar
Mas, o medo faz silêncio
Pois sentimos muito amor
Uma pequena esperança
Traduz muito mais qe se imagina
Os dias são mais bonitos
O sol brilha mais forte e 
Ilumina mais além
É tudo tão muito mais
Os sonhos logo aparecem
Mais doces e expressivos
Ah! Quem dera eu ter uma pequena esperança...

PS.: Esta coletânea foi impressa em uma tipografia da cidade e consegui convencer 100 pessoas a adquirir, cada uma, um exemplar. Não sobrou nenhuma unidade, a que tenho pertence a minha irmã a quem agradeço pelo desembolso e pelo empréstimo. Fique com Deus. 

sábado, 6 de novembro de 2010

Queda de cabelos III

Enquanto contabilizo a vitória desse primeiro round, sobe para três o número de vezes que os meus cabelos se rebelam para fugir por mais uma temporada. Estava demorando para isso acontecer e os primeiros sinais começaram nesta sexta-feira quando passei a sentir pequenos incômodos na raiz dos cabelos. Um pouco de dor, ao encostar a cabeça em algum amparo como travesseiro ou ao deitar na rede (constantemente armada na varanda do apartamento). Passei boa parte do dia de hoje com um chapéu de abas e ao tirá-lo da cabeça constatei o fenômeno da queda dos cabelos, umas das reações tradicionais e conhecidas por todos. Retratado com muita emoção em cenas de novelas ou de filmes envolvendo pacientes em tratamento com quimioterápicos.

A mim já não provoca nenhuma emoção, como disse acima, estava demorando a ocorrer e, portanto, estou preparado para repetir o mesmo visual de dois anos atrás, que veio em repetição no reinicio do tratamento, agora, pela terceira vez, ou melhor será a quarta vez, considerando que ao passar no primeiro vestibular (fui aprovado em quatro vestibulares consecutivos na UFPB) fizeram-me raspar a cabeça para corrigir os defeitos que deixaram ao cortarem de tesoura, enchendo de "buracos" a minha bela cabeleira. Saudades?! Acho que sim, afinal, tudo que vivemos faz parte da nossa história pessoal e, algumas coisitas, devem sim ser relembradas de forma saudosa. Não podemos, claro, viver olhando apenas para os retrovisores, de vez em quando vale um mergulho no túnel do tempo para um banho energético capaz de fazer a propulsão para frente.

Então, sem delongas, nem disfarces, estaremos entrando em cena com o visual que estar sendo possível. O boné será para proteger o couro cabeludo dos raios do sol, que não estão acostumados com a descoberta assim de repente. Quero dizer que, se o número de vezes representar algo de conquista na minha vida terrena, que eu possa contar outras três, quatro ou mais vezes. Olha que sou bom na matemática, sei o que estou pedindo a Deus com essas minhas palavras mansas.

Falo para Deus e para aqueles que me seguem, para os que ainda vão abrir pela primeira vez este blog, esperando que as minhas palavras sirvam para tranquilizar a tantos quantos estejam em dúvida ou perto da aflição. O melhor remédio estar dentro de nós mesmo. Não fosse por ele, pelos seus efeitos positivos que tem trazido, se não eliminando, pelo menos, reduzindo os efeitos indesejados da quimio, estaria sendo mais dificil para mim. 

SINDSPREV

O sindicato festejou o Dia do Servidor com uma feijoada na nossa sede social na Praia do Poço, no dia de hoje. Compareci para rever os amigos de luta que não via há muito tempo. Reencontrei muita gente boa, dentre eles os antigos adversários políticos, nessas horas não existem diferenças. Todos merecem respeito e consideração. Existem naturalmente aqueles com quem nos identificamos mais, podendo ser qualificados de amigos e de companheiros de batalha. Na sede tem uma placa de inauguração na qual consta o nosso nome, sem dúvida por estar no local certo na hora certa, fazendo história. Muitas conquistas para a companheirada toda, que eles acordem para continuar desempenhando o verdadeiro papel representativo da nossa categoria de trabalhadores. Um abraço a todos, fiquem com Deus!    

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Primeiro round

Venci o primeiro round. Hoje não tive que tomar nenhum comprimido de Xeloda... eram três pela manhã e três à noite, nos últimos quatorze dias. Durante os próximos sete dias estarei livre desse compromisso. O meu organismo estar bombardeado pelos quimioterápicos, afinal foi o coquetel via endevenosa e esta proção toda de comprimidos. Graças ao meu bom Deus, foram poucos os momentos desagradáveis decorrentes das famosas reações. Em cima da minha mesa de trabalho deixei exposto um comprimido para debelar a sensação de enjoo, ali ele ficou e servirá para a próxima etapa que iniciará no próximo dia 11.

No trânsito, ao passar em frente ao hospital no qual fui operado pela última vez, avistei o meu médico cirurgião na faixa de pedestre atravessando a rua, a pé, ele deveria estar indo para mais uma cirurgia. Com o trânsito livre foi possível dar paradinha (fora da faixa) para cumprimentá-lo com um aperto de mão. Senti-me tranquilo, estava diante de um dos instrumentos de Deus, particularmente, de um grande homem que, por coincidência da vida, foi meu aluno quando era ainda um menino. Nem imaginávamos que anos depois teríamos essa relação aluno/professor transformada em médico/paciente. 

A vida é isso, uma caixa de surpresas. De repente tudo pode mudar, provocando uma guinada brusca na nossa trajetória. Ainda hoje, no almoço na casa dos meus pais, estive com uma pessoa da família que teve a sua rotina de vida totalmente alterada de uma hora para outra. Morava no interior do Ceará, vida tranquila, afazeres normais e assim do nada, estão aqui de passagem, mudando de cidade, tendo que deixar pra trás toda uma vida. Comentei com ela sobre essas surpresas que a vida, muitas vezes, nos favorece. Assim, também foi comigo, no tocante, claro, ao estado de saúde.

De repente uma dor forte, exames, diagnósticos, cirurgias, tratamentos, mudando definitivamente toda a trajetória da minha vida. Estou fazendo a quimioterapia para debelar a recidiva do fígado e na minha cabeça vem o fato de que ao vencer esta etapa terei que enfrentar a iodoterapia... Isso, quero sim ter que passar pelo iodo. Chegar lá é ter vencido os dois rounds que tenho pela frente na fase atual em que se encontram as coisas. Venver estes rounds é ter a certeza de que poderei tentar obter a vitória tendo o iodo como aliado.

É assim que vejo esses elementos (quimio e iodo), como aliados nessa luta que não digo ser injusta (posso dizer indesejada). Não temos o direito de questionar se é justo ou não ter que passar por isso. Não sou melhor que ninguém para fazer este tipo de questionamento, se uma criança, inocente por natureza, nasce com problemas de saúde, muitas vezes convivendo assim por toda uma vida... por que eu estaria livre ou imune a tudo isso? 

Para concluir por hoje, quero dizer que ao longo desses dois últimos anos tenho aprendido muita coisa e visto o mundo e as pessoas de modo mais aprimorado. Posso até não estar tendo a capacidade de externar esse novo aprendizado, mas sinto que mudei, amadureci e cresci muito. Quero continuar crescendo aqui mesmo, com todas as falhas e as suas consequências. Para isso estou me defendendo como posso e assim será enquanto fôlego houver. Amém. 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleições 2010: Ricardo Governador

Retornando ao passado, idos dos anos 80, quando realizamos uma das maiores greves dos servidores da saúde e previdência social na Paraíba e no Brasil. Naquela época, contávamos com o apoio de várias lideranças sindicais de outras categorias, de outras instituições, a exemplo do então militante Ricardo Coutinho, sempre presente e atuante. Por intermédio dele sempre conseguíams o espaço físico do Sindicato dos Farmacêuticos para a realização das nossas assembléias, diante da proibição de usar os auditórios das nossas instituições. Quis a providência que eu estivesse vivenciando aqueles momentos, labutando em defesa dos interesses da categoria e por melhores condições de trabalho, além, claro, por melhores salários.

A luta era árdua e incansável. Durante dias, semanas e meses permanecemos com as nossas atividades paradas, em protesto, em greve! Isso foi num ano, repetido no ano seguinte e em outros mais, durante um certo tempo. Tem um ditado que diz que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" e outro "a união faz a força", tanto um quanto o outro ajudam a entender que as greves acabavam quase sempre com rendimentos positivos - pelo menos saíamos em melhores condições do que as que estávamos antes! Alguns de nós, do movimento sindical, entraram para a política partidária, filiando-se ao PT - Partido dos Trabalhadores que acabava de nascer e concorreram a cargos eletivos (Vereador, Deputado e Senador). Era o sonho de muitos poder ganhar o direito da representatividade popular numa daquelas casas legislativas.

Poucos conseguiram sucesso nesta migração, sair do movimento sindical e alçar voo triunfante e perene. Um deles, desde a primeira empreitada vem conseguindo o reconhecimento popular nas urnas. Dois mandatos de vereador, dois mandatos de deputado estadual, prefeito releito e hoje governador do estado da Paraíba, estou falando do meu amigo Ricardo Coutinho! O primeiro filho da capital, eleito para o cargo de maior importância para todo o Estado. Nenhum outro tem essa trajetória política no seu curriculum vitae. É com muito orgulho que o parabenizo por mais esta conquista, por mais esta vitória. Uma vitória que é de todos nós, de todos os paraibanos que, acreditando na necessidade de mudanças estruturantes, votamos no Ricardo Countinho, o elegendo com o maior número de votos dados a um candidato a governador aqui no estado da Paraíba. Aliás, recordes de votação tem sido a marca dele... foi assim em todas as suas eleições. Parabéns, Ricardo Coutinho. Que Deus o abençoe nesta nova jornada e a todos nós, amém!

O IBOPE

Nenhuma pesquisa do IBOPE tem dado certo aqui no Estado. Tem errado ao longo do tempo, não acerta um prognóstico. Nestas eleições errou novamente quando anunciou a vitória do atual governador no primeiro turno e agora, no segundo turno, anunciou empate técnico. Errou novamente, a diferença de votos é bem superior à margem de erro apresentada. O melhor para este Instituto de pesquisas é o silêncio daqui pra frente, ou melhor, talvez seja bom praticar a imparcialidade, quem sabe assim poderá acertar os prognósticos nas futuras eleições.