segunda-feira, 11 de julho de 2011

OFF PROTOCOL

Posso parecer um noveleiro de carteirinha, mas não é verdade. Gosto de ver cenas soltas e quando o assunto interessa fixo a atenção para uma compreensão melhor. E foi justamente um desses assuntos que chamou a minha atenção neste final de tarde no programa Malhação. Apesar da maioria do conteúdo desse folhetim não ter nenhum ou quase nenhum valor que possa ser agregado ao conhecimento humano, vez por outra nos surpreendemos com determinadas abordagens. No caso, trata-se  de uma personagem em tratamento contra câncer de mama. O diálogo dela com a sua médica aguçou a minha curiosidade e me levou a uma rápida pesquisa na Internet.
Segundo extrai da conversa a paciente indagava sobre o tratamento experimental com as drogas fora dos protocolos praticados, o que no inglês representa o título desta postagem - off protocol! Cá com os meus botões fico a pensar se vale a pena arriscar por esse caminho desconhecido, caso nos fosse dada esta oportunidade.
Encontrei no site http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=22698&langtype=1046 alguns dados interessantes, dando conta de bem mais do que eu imaginava estar ocorrendo no mundo afora no campo do tratamento oncológico. Entretanto, volto a repetir, não sei se valeria a pena recorrer aos protocolos ainda não comprovados.
Ora, considerando que o tratamento devidamente protocolado deixa bastante incômodos, apesar do avanço considerável nas drogas coadjuvantes atuando no sentindo de minimizar estes efeitos indesejados, imagine testar drogas com quase nenhum conhecimento do que possa acarretar. Não sei se esse é um pensamento egoísta ou de defesa natural pela vida. Tem momentos na nossa vida que temos que tomar decisões nunca então pensadas, mas isso ocorre em situações sob extrema pressão. O que não é ainda o meu caso. Portanto, prefiro a comodidade do certo pela incerteza do duvidoso, mesmo que isso venha com as complicações naturais - para as quais estou preparado ou pelo menos penso estar!
Eu e uma legião de pessoas, muitas delas seguidoras deste blog, bem sabe o que passamos desde que nos deparamos com esta dura realidade. Muita coisa mudou de verdade, tornando-se um divisor de águas. Nada mais volta a ser como era dantes. Nem o comportamento solidário das pessoas diminui os sintomas e as querelas que sentimos. Acho que já esqueci de como era a minha vida de outrora, agora estou vivendo outros momentos e vendo a vida de outra forma.
Metabolicamente falando tem ocorrido uma mudança radical, sons estranhos denunciam o funcionamento dos órgãos internos, alteração de humor, pressão na região abdominal e outras incidências que incomodam muito.
Mas quer saber? Nada disso impede a vida de continuar... e a vontade de superar todos esses obstáculos é maior que tudo, pois posso contar com a minha Fé em Deus! E nas palavras de encorajamento que tenho recebido com o coração aberto. A todos, desejo um bom início de semana! Fiquem com Deus! 

8 comentários:

Jú Carelli disse...

Edson meu querido!!!
Também assisti e concordo plenamente com você... também prefiro a segurança... do que a incerteza...
É isso aí meu amigo a FÉ nos leva longe... CREIA!!!!
Na torcida de sempre...
Beijos carinhosos

Edilson Egito disse...

Grande Edson; conheço os termos técnicos of protocol e também of label( para medicamentos usuais, não quimioterápicos, onde o médico prescreve para doenças não indicadas na bula; por exemplo cloroquina para LUPUS e assim por diante. Nos EEUU, o FDA é muito rigoroso quanto a este tipo de prescrição médica. No Brasil, a ANVISA é mais liberal. Você está certo. A QUIMIO ainda tem que evoluir muito. Meu irmão Dr Evandro Egypto e Itamar Franco (ambos com Leucemia) em Hospitais de São Paulo - Sírio Libanês e Einstein, pereceram devido a 1ª sessão de Quimio; muito agressiva
e que deixaram os mesmos com ZERO de Leucócitos. Não havia leucócitos nem para fazer a TIPAGEM
para o Tansplante de Medula. Sou médico e sei que a Medicina, muitas vezes é agressiva !!! Portanto, bom senso e canja de galinha não faz mal a ninguém !!!
Um grande abraço e boa sorte. Edilson Egito, médico Dermatologista.

Edilson Egito disse...

À TODOS QUE FREQUENTAM ESTE BLOG;
Perdão, o termo correto é off protocol e off label (com 2 ff). Em se tratando de termos técnicos não devemos cometer falhas. É a tal pressa em digitar, sem fazer revisão do texto. Há outra falha na palavra transplante. No mais,
abraços a todos. Edilson Egito.

Edson Leite disse...

Olá Pessoal,

parece que este é um tema palpitante mesmo! Muita gente deve ter se perguntado se vale a pena recorrer aos alternativos... ônibus, táxis coletivos, etc... estes tipos de serviço até que encaro bem, afinal se o meio oficial não dar conta, apelamos para as opções que temos.
Tratando da nossa saúde a coisa muda de figura, devemos tomar todos os cuidados e seguir o que nos foi prescrito pelos médicos, para isso eles estudaram e muitos dedicam a própria vida em defesa dos enfermos.
Preservando a identidade de uma das pessoas que seguem este blog, já que a mesma fez o seu comentário diretamente para o meu e-mail, quero abrir espaço para falar de uma medicação comercializada, segundo ela, em Cuba... é o Escozul! Nunca havia ouvido falar nesse medicamento e recorri ao meu amigo Google para saber sobre ele. Segundo o site Alibaba, é um composto extraído do veneno do escorpião azul... vejam só o nome do site (faz lembrar dos quarenta ladrões), escorpião azul... deve ser bastante interessante tê-lo por perto. Quanto ao medicamento, acho que é uma roubada, considerando custar cerca de U$600 por um frasco com 100 ml...
Para mim, o melhor é continuar amando a minha bombinha...
Esta é a minha opinião!

Cida Villela disse...

Edson,
Antes de chegarmos ao Escozul, meu marido fez uma longa pesquisa a respeito. Procurando na internet sobre uma vacina (cimavax) ele chegou ao Escozul e foram semanas de pesquisas e e-mails para o laboratório de cuba. Lemos muitos depoimentos e diante do que conseguimos recolher, enviamos minha documentação para lá. Meu tratamento foi aceito. Saliento que o governo de Cuba fornece o tratamento de graça para quem vai lá e não é um tratamento alternativo, mas sim paralelo. Eles mesmos nos disseram que não poderíamos parar a quimioterapia. Uma outra opção que tivemos foi pagar os $600 para não termos que ir até lá e receber o remédio superconcentrado em casa para ser dissolvido em água destilada. Esse valor equivale a 6 meses de tratamento. O que consigo te dizer é que, acreditem ou não, não tenho tido nenhum efeito colateral desde que comecei a tomar. Não tendo os efeitos conseguimos nos alimentar bem e nosso corpo consegue reagir melhor ao tratamento. Além disso existem depoimentos do mundo inteiro a respeito e em muitos casos houve redução considerável do tumor. Ai vai um dos links com bastante informação a respeito: http://www.escozul-cancer.com/pt/index.html . Acho importante dar este depoimento pois tenho me sentido muito bem e às vezes fica difícil até acreditar que estou doente. Caso alguém queira saber mais a respeito podem me escrever (cida.ufmg@gmail.com). É isso, meu amigo. Grande abraço

Cida

Edson Leite disse...

Cida,

realmente este assunto ficou ainda ainda palpitante pra mim! Considerando o seu depoimento, tenho que rever tudo que escrevi sobre o Escozul e já na próxima semana, quando retornarei para a segunda sessão de quimio, abordarei o assunto com o meu médico. Entendi agora que não se trata de substituir a medicação quimioterápica e sim, de prevenir-se contra os efeitos dela e quiçár a redução do tumor, como apregoa o site que citei no comentário anterior. Peço-lhe, portanto, que me indique o caminho das pedras para chegar aos finalmente que é a aquisição do Escozul.
Repito, revejo os meus conceitos em função do seu depoimento - diferentemente de determinados contos de ouvi falar - você como os demais que estão acompanhando o meu caso e até vivenciando na própria carne, têm fé de ofício e merecem todo o meu respeito, carinho e agradecimento.
Assim, minha amiga, quero dizer-lhe muito obrigado por tudo!
abraços,

Anônimo disse...

Olá!

Me desculpe tanta ignorancia, mas o comercial de Malhação me chamou a atenção. Gostaria de saber para o que serve a pilula 1046.

Obrigado,
Felipe

Edson Leite disse...

Olá Felipe,
Na verdade a pílula é resultado de um trabalho que dissemina a Fé e foi elaborado pelo Frei Galvão! Trata-se de pílulas feitas de papel... isso mesmo, de papel e dizem que curam. Portanto, é uma forma alternativa de tratar a doença. Recomendo amadurecer bem a ideia e seguir o que o seu coração mandar!!! Particularmente sigo a medicina alopática ou seja a tradicional mesmo, apesar de ter Fé em Deus e no seu poder absoluto de cura, mas só isso não nos basta!
Espero ter sido útil.
Abraços