segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher

Hoje voltarei ao dia 08 de março de 1857, portanto, cem anos antes do meu nascimento, para uma das maiores cidades do mundo, Nova Iorque, e falar do que foi a maior atrocidade mundial nos últimos tempos. Uma violência desumana contra um grupo de mulheres operárias da indústria têxtil, em resposta ao movimento de reinvidicação que as mesmas promoviam por melhores condições de trabalho e redução da carga horária de trabalho... pasmem, elas trabalhavam 16 horas por dia! E ganhavam até um terço dos salários dos homens, fazendo as mesmas tarefas!
Ao amanhecer daquele dia, nenhuma daquelas operárias imaginava que passaria para a história da humanidade. Para muitas delas seria apenas a continuidade do desafio ao sistema vigente... porém foi mais que um dia de luta e que acabou parecendo, literalmente, com a ida ao inferno. Após terem sido trancadas no interior da fábrica pelos seus opressores elas agonizaram num incêndio assassino, provocado pela mente insana dos pervetidos machistas e capitalistas, que queriam silenciar o movimento grevista daquelas mulheres operárias. Foram 130 mulheres mortas, queimadas. Sinto vergonha desse episódio e só me resta crer que do inferno daquele dia aquelas mulheres foram resgatadas para o descanso no paraíso celestial.
O mundo inteiro tomou conhecimento desse fato e desde então vem sendo relembrado, virou símbolo de luta e, passados 53 anos, a minha idade atual, durante uma conferência mundial na Dinamarca, ficou estabelecido o dia 08 de Março como sendo o Dia Internacional da Mulher.
Eu ousaria dizer que não basta ser mulher para merecer aplausos, tem que ser guerreira e batalhar pelas suas conquistas, ser parte verdadeira nesse proceso de contrução que ainda se encontra a humanidade. Usar todo o seu talento mostrando que tem capacidade de fazer acontecer. Acredito que não cabe fazer nenhuma comparação com o sexo oposto, até porque existem as diferenças, além dessa dualidade homem e mulher. Comparar um ao outro é reconhecer que existe um lado "fraco" e outro "forte"...
Durante toda a minha existência tenho me deparado com inúmeras mulheres, a começar pela minha mãe que foi a primeira mulher e assim continua sendo a Número Um no pódium da vida. Muitas outras vieram depois, minhas irmãs, as coleguinhas da escola, as vizinhas, as paqueras, as namoradas, as mulheres que ficaram eternizadas no coração, as colegas de trabalho, as que chefiavam as sessões por onde trabalhei, as amigas, a ex-esposa, a esposa atual, as filhas, as cunhadas, as sobrinhas, a ex-sogra, as amigas virtuais... e, agora, a mais nova das mulheres da minha vida: Ana Vitória, minha primeira neta a quem rendo, em nome das demais, todo o meu tributo nesse dia especial!
Para falar particularmente dessas mulheres seria necessário escrever um livro com inúmeros capítulos e fatalmente eu estaria correndo o risco de parecer infiel ou mesmo injusto ao esquecer de relacionar ou ressaltar todas as boas qualidades que cada uma tem dentro de si. Então, deixarei esse relato por aqui mesmo querendo que todas enxerguem nessa postagem, se não o reconhecimento mundial que são merecedoras, pelo menos o meu reconhecimento e gratidão por todos os momentos de acolhimento e carinho. Um beijo no coração de todas as mulheres guerreiras! Fique com Deus!

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