sábado, 5 de dezembro de 2009

Nos embalos de sábado a noite

Na noite de hoje me peguei com o pensamento lá atrás... mas não me fixei em nenhuma data, em nenhum momento especial, apenas deixei o pensamento viajar no tempo. Acho que eu queria era rebobinar a fita ou parar o tempo aqui mesmo, a ansiedade deixa as pessoas confusas, E é este sentimento que tem sido a tônica dos últimos dias, as dúvidas se misturam com a certeza (acredito) que tudo vai dar certo nesta cirurgia. Não creio no fim do prazo de validade para agora. Tenho muito que aprender nesta vida e se depender desse diploma, espero que demore a ser assinado pelo Reitor celestial.
Estou deixando me embalar pelas ondas da vida, independente de ser sábado ou estarmos no turno da noite, como tenho dito mudei o meu modo de viver e tenho procurado ser muito mais tolerante. Infelizmente não me apercebi dessa necessidade há mais tempo, porém não cabe arrependimento pelo que foi feito, muito menos pelo que foi deixado de ser feito. Foi como foi porque tinha que ter sido assim, para que hoje eu possa conhecer outras formas. Faz parte do processo de crescimento pessoal, quando podemos abstrair essas nuances.
Hoje de manhã fiz uma coisa que fez a Jack chorar, não era minha intenção provocar tristeza ou pensamentos contrários a nossa fé na vitória final. É que sou muito prático e obejtivo, explico isso para justificar o episódio matutino. Desde que fui operado deixei de usar camisas de algodão, com botões, e passei a usar camisa polo, para combinar mais com o novo biofísico - mais magro que o normal e as camisas ficaram grandes, folgadas. Até mesmo as camisas de malha que eu tinha ficaram folgadas, quando comprei outras de tamanho menor. Bom, hoje resolvi desocupar a minha parte no guardaroupa e juntei todas as camisas para doá-las. Sei que não mais irei usá-las, então por que guardá-las por mais tempo? Se tem alguém que pode estar precisando delas, o melhor é dar mesmo. Foi o bastante para criar um clima de tristeza, entendi a situação, sei que é difícil tudo isso. Não quis fazer dramas nem chamar a atenção, não preciso desse expediente para ser notado, a prática do amor tem feito esse papel muito bem, as atenções são mútuas, sem apelações de qualquer ordem.
Este sábado realmente foi muito melancólico, a começar pela manhã quando estivemos na nossa casa na Praia de Jacumã para buscar alguns pertences antes de fecharmos o negócio da venda que está quase cooncretizado. Colhi os cajús maduros como se fosse a última vez (em razão da venda), enquanto a Jack juntava as louças e outros utensílios da cozinha. Outros frutos já estão em andamento, como a pinha, graviola e coco verde. Encarei a venda da casa como sendo de necessidade para investir em outras coisas, mas sempre fica uma pontinha de quero mais...
Bom, estamos chegando ao final desse dia, amanhã o sol irá brilhar novamente e com mais luz, mais calor e certamente novos ares estaremos respirando e vivendo...
Fiquem com Deus!

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