Muita gente tem lido e comentado o que venho escrevendo ao longo de mais de dois anos, tempo que determina a fase da minha vida que venho enfrentado jornadas de visitas constantes a consultórios, clínicas e até mesmo hospitais, seja de forma eletiva - quando realizei três cirurgias - seja para atendimento de emergência, quando acabei internado algumas vezes, tendo inclusive ido parar na UTI. Graças a Deus, porém, estou aqui relatando a minha história de vida.
Resolvi postar sobre a Fé em Deus que tenho comigo desde a minha adolescência, sendo muito ressaltada aqui neste blog, considerando os comentários e achando que o dia de domingo é muito propício para desenvolver este assunto. Escrever depende de inspiração, não é em todo momento que encontramos as palavras certas para dar clareza a um texto. Como disse, o dia de domingo estar muito relacionado com a Fé cristã, à medida que nos faz lembrar das missas dominicais celebradas no mundo católico. Isso me faz lembrar das tardes de domingo que atuei como coroinha ou sacristão, foram cerca de três anos. Acredito que mesmo tendo sido tarefas mecânicas e repetitivas, ajudaram na minha formação religiosa. Acho que contava com idade tênue de 11 a 13 anos.
Antes disso, com menor idade, eu via na figura do padre (evangelizador mais abundante naqueles anos idos) a autoridade maior, era motivo de correr atrás dele e pedir as suas bênçãos, beijando-lhe as mãos. O confessionário era um local onde segredavámos os nossos pecados, na esperança de sermos perdoados, depois de cumpridas as penitências que nos eram impostas - de acordo com a interpretação do pároco. Os tempos mudaram. Crescemos, amadurecemos, tomamos conhecimento da história da evolução do homem e com ela fatos que muitos não acreditam, por macular a imagem da Igreja.
Confesso que não foi por isso que me afastei dos templos; aprendi que Deus é onipresente e isto O torna presente em todos os lugares, não importa se é em prédios suntuosamente erguidos, numa cabana ou mesmo a descoberto. Ele estar dentro de quem Nele crer. Podemos abrigá-lo dentro das nossas condições, mesmo que sejam mínimas aos olhos de milhares que preferem o luxo ostentato nas paredes, nos vitrais, nos altares, enfim nas grandes obras de pedra e cal ou de ouro e prata.
O meu Deus, este a quem tanto me refiro é o verdadeiro Criador da Vida, da Luz, do Amor, da Harmonia e da Paz, além das suas boas variantes. Este Deus que não castiga, pois nos deu o lívre arbítrio; a tudo observa, por ser Onipresente; e que não conseguimos enganar com palavras; pois antes de falarmos Ele já sabe o que pensamos. Não adianta movimentar os lábios para agradecer e deixar o coração se maldizendo, reclamando da "falta de sorte". Para falar com Deus não preciso esperar pelo dia de hoje, pelo domingo; não preciso tirar do armário a roupa nova, nem colocar o melhor sapato, nem dirigir o possante; só preciso elevar os pensamentos a Ele, falar movido pelo coração, mesmo que os lábios fiquem cerrados a mensagem será entendida.
A minha Fé é calcada no que acredito e no que pratico na minha vida, com falhas muitas vezes, mas, sempre com a melhor intensão: a de servir, a de ser útil, a de poder auxiliar de alguma forma. É isso, acredito em Deus sem ser aquele chato de galocha que fica repetindo estrofes e versos decorados. Uma coisa é certa: Fé e religião apenas se relacionam, sendo a primeira muito mais importante. Fique com o Deus que habita dentro de você, fale com Ele. Aproveite o domingo para passear e descansar!